Tuesday, December 21, 2004

A biblioteca dos mortos

(o texto está mal escrito mas nem tô com paciência para reescrevê-lo)

A noite corria fria e calma pela cidade de São Paulo e a lua pouco iluminava as pessoas que ignoravam o próprio sono e pelo centro da cidade caminhavam em busca de diversão. Os postes, com sua luz fraca e cansada, eram o único referencial que de longe poderia ser visto. A garoa fina caia lentamente, quase preguiçosa, transformando o chão da cidade em um grande mosaico de espelhos. Quebrando a rotina daquela madrugada, um Ford A Phaeton 1930 preto cruza o Vale do Anhangabaú em velocidade reduzida e com os faróis apagados. Tentando chamar o mínimo de atenção possível, para em baixo do Viaduto do Chá. Um homem com sobretudo preto desce do carro e segue em direção ao pé da construção e com sua bengala bate três vezes em uma das pedras da base. Após a terceira batida, a gigante lajota de 3m X 3m recua para dentro da construção, deixando amostra uma pequena escada que sobe por dentro da pilastra principal de sustentação do viaduto.
Assim que a passagem pela escada fica totalmente desobstruída pela sua porta de 3 toneladas, quatro elementos trajados de túnica preta descem a escadaria de pedra com passos rápidos. Ficam em volta do carro, dois de cada lado, enquanto a capota do veículo é baixada pelo primeiro homem. Tão rápido quanto desceram pelas escadas, eles retiram uma pesada caixa de madeira do banco traseiro, e sobem a escada, sumindo naquela madrugada de 1931. Com outros 3 toques, a passagem é fechada e o misterioso ser retorna a seu Ford, para nunca mais ser visto naquela cidade.
Talvez algum transeunte despercebido ou um guarda em sua ronda não tenha percebido essa movimentação e, se por uma acaso alguém a testemunhou, não teria noção da importância daquela operação para muitas pessoas no mundo. Acabava de ser transportado para São Paulo o último, e também o mais importante, livro da Biblioteca dos Mortos: Os Manuscritos de Hades.

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