Friday, April 21, 2006

Interlúdio

Quando me vi estava novamente esperando. Nem me lebmro quando foi a primeira vez. Faz tanto tempo... Sei que aquela experiência foi inesquecível. Ainda sinto meu corpo inteiro quente e suando apesar da noite fria. Não deu para ver muito, afinal a lua se escondera devidamente naquela madrugada. Acho que lembro mais dons sons e de minhas pernas obedecendo o quanto dava a ordem de correr que meu cérebro confuso enviava.
Apesar de fugir, tudo o que queria era ficar ali. Fotografar mentalmente o que acabara de fazer. Foi tudo tão rápido. Durante semanas me preparei para aquilo. Hoje vejo que me preparei desde quando nasci, pois só pode ser algo que veio comigo. A ordem veio de cima, dos grandes... Aquele sujetio não deveria falar mais nada a ninguém. E não mais o fez...
O estampido, o cheiro de pólvora e o sangue sujaram magnificamente minhas mãos, olhos e vida. Algusn dizem que dá pra lavar, mas pra quê? Nasci pra isso, e pra isso vou morrer.
Os 15 minutos de espera no escuro para a minha "passagem" foram mais do que suficiente para perceber que por mais que estivesse ansioso, nervosismo passava muito longe de mim. Fôra perfeito, rápido e indolor. Três puxadas no gatilho me deram uma nova vida, uma nova forma de encarar as coisas mundanas e não mundanas. Simples, porém marcantes...
Estão chegando, são em dois. Carro simples, não blindado. Vai ser fácil. apago o cigarro e ponho a mão no coldre. Estão parando.. Quatro movimnetos do indicador e quatro projéteis .40, nada mais do que isso.
Pararam. Minha vez...
"Assim morrem os que traem Guiliano!", foi a única coisa que passou na minha cabeça....

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